Análise Básica de uma Esmeralda Verdadeira

Como fazer uma análise básica de uma esmeralda.

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Análise Básica de uma Esmeralda Verdadeira
Análise de uma esmeralda

O preço

Um dos aspectos mais importantes e, que deve ser avaliado em primeiro lugar, é o valor da gema.

Como em qualquer outro tipo de comercialização os preços das gemas variam de comerciante e localidade.

Pesquise muito antes de comprar. O próprio mercado estabelece os níveis de preço.

Quando receber uma oferta de preço muito abaixo do mercado - desconfie, ninguém faz milagre.

O preço é o primeiro fator que pode estabelecer a legitimidade de uma gema.

Examinando a gema

 

Usando a lupa

As visitas em eventos, dentro e fora do Brasil, podem trazer muitas oportunidades na compra de gemas. Outra situação é a visita em áreas de garimpo, que é bastante comum.

Nessa situação é muito importante saber avaliar as gemas e pagar um preço justo por elas.

Este artigo tem como objetivo esclarecer o uso de dois instrumentos básicos que podem ajudar muito.

Mas, aconselhamos você a conhecer um pouco mais sobre gemologia ou contratar um gemólogo.

Um bom curso de gemologia pode ajudar muito nessas situações.

As lupas de ourives são um recurso importante para avaliar o que existe dentro de uma gema. Aqui estamos indicando uma lupa com ampliação de 10X, no entanto existem lupas com mais ampliação.

As gemas naturais sempre terão minúsculos defeitos internos, padrões irregulares e marcas de formação. Desconfie se uma gema estiver totalmente livre dessas irregularidades.

Nas esmeraldas, por exemplo, verifique a existência de bolhas. As naturais não tem bolhas de ar.

Sempre que fizer esse tipo de análise, a lupa deve estar rente aos olhos e a gema distanciada até obtenção de foco.

Sempre que possível faça essa análise com a gema iluminada.

 

 

Usando o filtro chelsea

Esse filtro foi criado no início do século 20, na Inglaterra, usado inicialmente na Universidade de Chelsea. Sua função inicial era separar as esmeraldas dos berilos verdes.

Como no grupo dos berilos estão incluídas: esmeraldas, água-marinha, berilo precioso, crisoberilo, espinélio, topázio e, algumas delas tem tonalidades verdes, o filtro chelsea permitia essa separação.

Naquela época, somente os berilos coloridos por cromo eram considerados esmeraldas e os coloridos por vanádio eram considerados outro tipo de berilo. Como as esmeraldas tinham um valor alto era importante separá-las dos outros tipos de berilo por meio de um teste simples e preciso - o filtro chelsea.

Naquela época, o berilo colorido por cromo (esmeralda) apresentava uma tonalidade avermelhada quando analisado com o filtro chelsea, o que não ocorria com o berilo colorido por vanádio.

Com o tempo percebeu-se que aquele pequeno instrumento podia separar muitas outras gemas naturais das imitações. Todavia, é importante lembrar que o filtro chelsea é uma ferramenta adicional e não deve ser usado como ferramenta de diagnóstico, pois este requer análise gemológica mais completa. Ele serve bem para as situações citadas.

 

Como ele funciona?

Como seu próprio nome diz, é um filtro de luz. Ele permite que somente certas cores, amarelo-verde e vermelho sejam transmitidas, isto é, vistas (filtra as outras).

Gemas que não transmitem as cores amarelo-verde ou vermelho serão vistas como uma imagem escura.

Vista por meio do filtro chelsea uma esmeralda verdadeira aparecerá amarelada ou avermelhada.

 

Vista por meio do filtro chelsea, uma esmeralda falsa aparecerá acinzentada.

Olhando uma esmeralda sintética com o filtro chelsea ela parecerá verdadeira porque na sua composição também há cromo e ela tem todas as características físico-químicas da natural.

Todavia, nas sintéticas o brilho do vermelho é mais intenso.

Gemólogos mais experientes reconhecem a sintética porque ela contém uma quantidade maior de cromo deixando-a muito mais luminosa.

Na dúvida, serão necessários mais testes gemológicos para essa avaliação.